A Capela Santo Amaro é um dos mais antigos e importantes marcos históricos de Balneário Camboriú.
Sua construção remonta ao século XVIII, quando os primeiros colonizadores açorianos chegaram ao litoral catarinense, trazendo consigo suas tradições, crenças e devoção.
Além de sua importância religiosa, a capela carrega uma rica história de fé, superação e identidade cultural.
A Chegada dos Açorianos e o Início da Construção
A história da Capela Santo Amaro começa em 1758, com a chegada dos primeiros açorianos vindos da freguesia do Senhor dos Aflitos, hoje a cidade de Porto Belo.
No mesmo ano, iniciou-se a construção do local, junto com uma pequena capela de madeira, localizada onde hoje está o cemitério da cidade. Essa capelinha abrigou por décadas a primeira imagem trazida de Portugal: a de Santo Amaro, padroeiro da comunidade.
Contudo, essa construção enfrentou desafios que fizeram com que sua conclusão se estendesse por muitas décadas. A obra ficou parada por tanto tempo que árvores cresceram dentro e ao redor da estrutura.
Curiosamente, essas mesmas árvores foram mais tarde aproveitadas como material de construção, sendo utilizadas nos barrotes do assoalho e nos caibros do telhado.
Estima-se que a edificação só tenha sido finalizada entre 1830 e 1840, após muito esforço, fé e dedicação dos moradores locais.
Os Padroeiros: Santo Amaro e Nossa Senhora do Bom Sucesso
A capela tem dois padroeiros que representam a fé da comunidade: Santo Amaro e Nossa Senhora do Bom Sucesso.
A imagem de Santo Amaro, originalmente abrigada na capelinha de madeira, foi transferida para a igreja principal após sua conclusão. Já Nossa Senhora do Bom Sucesso foi a santa à qual o templo foi oficialmente dedicado.
As celebrações em homenagem aos padroeiros ocorrem anualmente: o dia de Santo Amaro é comemorado em 15 de janeiro, enquanto o dia de Nossa Senhora do Bom Sucesso é celebrado em 15 de agosto.
Tombamento e Preservação
Reconhecendo sua importância histórica e cultural, a Capela Santo Amaro foi tombada como Patrimônio Histórico Estadual e Municipal em 25 de junho de 1998.
Esse reconhecimento garante a preservação desse símbolo da religiosidade e da identidade açoriana em Balneário Camboriú, permitindo que futuras gerações conheçam e valorizem sua história.